Eu gostava quando as pessoas ficavam surpresas por
saberem quem eu era e por estarem falando comigo. Gostava quando as meninas
toscas ficavam com raiva de mim por eu ser que eu era,quando as pessoas me
odiavam e ai me conheciam e mudavam de idéia,ou não. Quando eu era padrão de
cabelo e de cores e de roupas e de músicas e de filmes e de namorados ...
Eu me
orgulhava, pois era quem eu queria ser, sem medo de nada, sem ligar de verdade
pra que essas pessoas pensavam. O tempo passou, eu passei e não gostava mais de
ser quem eu era, não queria ser ninguém estava longe de tudo que me era
conhecido e sentia medo, tanto medo toda hora que me deixei encobrir pelas
coisas que agradariam os outros.
Ai eu
esbarrei no Sid e alguma coisa nele me fez ter vontade de voltar a ser eu
mesma, sem a mascara adaptável a qualquer situação. Voltei a ter opinião própria,
livre arbítrio e outras coisas que tinha me esquecido que tinha, não que ele
não tenha despertado uma parte ruim de mim, mas é como o canto de Ossanha :
" Vai vai vai vai amar, vai vai vai vai sofrer"
E era tanta confusão viver com duas partes de mim que não
agüentei e pra não ceder voltei onde tudo começou.
Estava com medo de ter voltado de mais pro meu passado mas
quando uma pessoa X veio falar comigo e ficou surpreso por saber quem eu era,
quando uma mina tosca me virou a cara e quando eu consegui sorrir de verdade e
pensar : “Quanta futilidade Spastis.”. Eu percebi que eu era,novamente,quem eu
queria ser e que estava preparada pra voltar pra realidade.
E o melhor é que o Sid não tem idéia do bem que me fez .