quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Um presente de última hora para o Filipe Acosta

Queria te dar um presente.
Não algo comprado,prático e que combinasse com você.
Queria te dar algo de próprio punho.
Grande desapontamento.
Uma carta? A letra ilegível...
Um desenho? Um garrancho...
Um crochete? Pontos falhos...
Uma ideia... uma ideia?
E assim vou dormir,esperar o tempo passar, torcer para ser logo e quando eu te encontrar...
Um sorriso.
Mas não um sorriso normal...
 Um sorriso com olhos, uma coisa só minha e que agora vai ser sua também.
Esse vai ser meu presente. Singelo e impossível de sair errado.


Demônio com pincel na mão

Tingi sua face, a tornei rubra.
Não com indecências e carícias, a tornei rubra de desgosto.
Com um pincel e minhas mãos tremulas não me importei com a beleza da peça, te tingi.
Te tingi com palavras mais pesadas que granito, e te joguei em um abismo mais profundo que a própria morte.
Me arrependi, e com meu pincel,o punho firme, eu fiz uma corda e me lancei a seu encontro.
Agora, nós dois desfigurados tentando sair do abismo, ver o céu, com nossas antigas faces, ou não.
Meu amor,
Não sei se posso expor minha felicidade e devoção por ti neste momento.
Feliz e finalmente, consegui cumprir minha promessa à ti, minha cigana escarlate.
Agora podemos, sem culpa sem medos, ficarmos juntos e desfrutarmos do céu azul.
O céu que não se compara à beleza das suas cores.
Vamos meu amor,cruzar o vale das águas claras e permanecermos, para sempre juntos, no templo dos amantes eternos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Como se não tivesse nada para fazer...

Eu me esparramo pelo colchão me agarrando em todos os possíveis travesseiros.
Mudo de canal trocentas vezes sem chegar a uma boa conclusão desligando a tv em seguida.
Vou de Incubus e belle and sebastian à Ramones.
Crio universos paralelos a torto e direito, faculdade? Só mais tarde hoje por favor.
O motivo dessa segunda feira preguiçosa não é uma data festiva, não é uma depressão profunda. É apenas uma bela de uma dor nas costas

" for the price of a cup of tea "

- Corra,corra,corra. Era a única coisa que eu mantinha em mente.
O mundo desabava com uma chuva gelada. O céu estava fragmentado por raios e os trovões me faziam querer recuar pra debaixo da minha cama.
- Corra,corra,corra. Eu sabia que valia a pena.
E quando minhas lágrimas ajudavam os céus, eu o encontrei. Parado,capuz na cabeça olhando pra frente.
Eu devia ter dito como eu me sentia,pedir desculpas ou alguma coisa assim...
- Quer chá?
E fomos nos esquentar em casa