quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cheiro de mato


Tinha me esquecido de como esse cheiro é inebriante e de como é bom ficar na grama olhando as estrelas, sozinha com uma garrafa de vinho!
E no meio dessa nostalgia cósmica, no pé da montanha, um vulto se aproxima assoviando uma melodia nada desconhecida e a felicidade aquece meus pés descalços.
Agora somos dois vultos, dançando na montanha e o mundo, ahhh o mundo parou. O que importa agora e como a gente ta feliz naquela montanha com aquele cheiro de mato e com todas as estrelas e a lua acenando para nós.
Para mim, eu sou um vulto solitário... Mas não!  Eu não estava sozinha, ele, ela...  Estava comigo. Pra onde foi? Por que meus pés estão congelando? Essa dor,essa ‘separação membral’,não pode ser assim. As coisas deveriam continuar as mesmas para sempre, evolução pra que? Darwin, eu te odeio.
Uma estrela cadente rasga o céu e ilumina minha angustia.
Eu,ela,ele...não existimos  separados. Serei sempre um intrínseco  de fases,gostos,atitudes que tomei e tomarei e meus pés nunca estarão quentes se eu tentar me separar disso

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