quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

...

Sabe, o ruim não foi o meu pescoço ficar marcado. O ruim de verdade foi você ficar marcado no meu coração... mais um pouco!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Quando eu penso que tudo já tinha acontecido...



Contabilizando os acontecimentos da noite anterior.
A janela estava quebrada, inteira. O corte no braço, pequeno e seco.
As conversas não acabavam nunca,  mas era domingo a noite e o sono atrasado dos outros dias se aglomerava cada vez mais.
Enquanto esperava pra ver o que acontecia, ele me puxou e me deu um abraço.
O silencio era o único som na minha cabeça.
E com um sorriso, ele se aproximava cada vez mais...
- Ahhhhhh!
Lancei um grito cortante e comecei a me debater.
Uma barata tinha pousado no meu cabelo e descia pelo meu pescoço.
Ele simplesmente amassou a barata, me puxou e falou: - Medrosa.
Nunca gostei tanto de uma barata!

sábado, 17 de dezembro de 2011

A primeira vez que um cara fica de cueca na minha frente no meio da rua!


Novamente o gosto de groselha, só que dessa vez acompanhado de um bocado de cigarros de uma marca barata.
E talvez, por ironia do destino, a mesma mão quente e o abraço forte. Dessa vez, acompanhados de uma cueca branca e algumas tatuagens nas pernas.
“Dessa aqui eu não largo”.
O riso solto, as histórias, as conversar, o tempo perdido em algum lugar da cidade.
O tempo voou e já era madrugada gelada, subimos cambaleando as ruas. De repente um estouro.
Um susto, vidros quebrados, sangue e risadas.
E assim foi até o sangue parar de jorrar e eu chegar em casa, fazer uma ligação e  descobrir que eu pertenço à esse lugar mais que onde eu me esforcei para chegar.
Não que seja relevante, mas eu estou gostando de fazer parte disso!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pinhal?


Tinha gosto de limão e de alguma coisa doce, como groselha.
Tinha barro, mato, tombos e escorregões.
Tinha estrelas, e luzes e som.
Tinha ânsia, risada, gritos...
Tinha uma mão quente e um abraço apertado... 
E tinha eu, acordando no outro dia e tentando lembrar o resto!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

"A pedra é afiada em um dia inteiro A sua ponta corta a carne e o sangue tem cheiro ..."


O banheiro estava carmim, tudo girava e a ânsia, ahh a ânsia reinava sobre todo o ser que ali estava.
Não sabia quem era, não sabia o por que , não sabia o que esperar e não sabendo de nada, não se importava com o sangue que corria para fora do seu corpo.
E quando a sua força se acabava,suas respostas não eram encontradas, quando tudo parecia realmente perdido, ela se lembrou do cheiro, do toque, da voz.
Ela recolheu todos os cacos da noite anterior, todo o carmim virou luz e ela, mesmo não tendo resposta nenhuma se lembrou que deveria seguir o caminho de tijolos não importando a direção, a única coisa que importava era que ela ainda se importava e tinha esperança de que as paralelas realmente se encontram no infinito.

Uma lágrima, uma lágrima a mais e assim por diante. Quando ela se dá por conta um rio, um mar, um oceano se forma ao seu redor e caindo de lado,as mão na cabeça ela pensa que assim que essas lagrimas secarem tudo ficara bem e ela poderá terminar seu chá de desaniversário. É a única esperança, a única certeza da pobre narcoléptica.

A conformação vem mais rápido do que o previsto e com isso arrumo as minhas malas e fujo
. Não, não fujo, continuo o meu caminho mesmo não sabendo se é um caminho. Mesmo não enxergando um palmo à frente. Mas isso é bom já que nunca gostei da comodidade da rotina.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sid E Spastis


Eu gostava  quando as pessoas ficavam surpresas por saberem quem eu era e por estarem falando comigo. Gostava quando as meninas toscas ficavam com raiva de mim por eu ser que eu era,quando as pessoas me odiavam e ai me conheciam e mudavam de idéia,ou não. Quando eu era padrão de cabelo e de cores e de roupas e de músicas e de filmes e de namorados ...
Eu me orgulhava, pois era quem eu queria ser, sem medo de nada, sem ligar de verdade pra que essas pessoas pensavam. O tempo passou, eu passei e não gostava mais de ser quem eu era, não queria ser ninguém estava longe de tudo que me era conhecido e sentia medo, tanto medo toda hora que me deixei encobrir pelas coisas que agradariam os outros.
Ai eu esbarrei no Sid e alguma coisa nele me fez ter vontade de voltar a ser eu mesma, sem a mascara adaptável a qualquer situação. Voltei a ter opinião própria, livre arbítrio e outras coisas que tinha me esquecido que tinha, não que ele não tenha despertado uma parte ruim de mim, mas é como o canto de Ossanha  :
" Vai vai vai vai amar, vai vai vai vai sofrer"

E era tanta confusão viver com duas partes de mim que não agüentei e pra não ceder voltei onde tudo começou.
Estava com medo de ter voltado de mais pro meu passado mas quando uma pessoa X veio falar comigo e ficou surpreso por saber quem eu era, quando uma mina tosca me virou a cara e quando eu consegui sorrir de verdade e pensar : “Quanta futilidade Spastis.”. Eu percebi que eu era,novamente,quem eu queria ser e que estava preparada pra voltar pra realidade.
E o melhor é que o Sid não tem idéia do bem que me fez .

Como uma criança com medo invado o quarto da minha mãe, no meio da noite, com uma dúvida.
- Vai ficar tudo bem?
...
É assombroso como a gente cresce e algumas dúvidas permanecem iguais.

domingo, 2 de outubro de 2011



Três horas da manhã e por falta de algo melhor pra fazer eu estou dormindo.
Estava, até escutar pancadinhas suaves na minha janela e um sussurro: Spastis...
Achei que estava sonhando e levantei abrir a janela.
 O maior susto da minha vida, conversar com um anjo.

Não um de asas e essas coisas que anjos devem ter, um de carne e osso que pra mim tinha se transformado em anjo já que não o via,não tinha noticias à 5 anos.

- Nossa Spastis que sorte que você mora no mesmo lugar ainda.
- Eu não moro aqui Iggy, eu só estou de passagem.
- Então que sorte eu ter te encontrado.
- Ou não!
- Pare de ser pessimista guria. Eu não vou ficar por aqui, to rodando o mundo ainda, só queria te ver, ver se está bem e te contar um segredo.
- Segredo?
- Uhum, que eu ainda te amo e isso vai ser pra sempre.
- ...
- Quando você estiver sozinha sem nada pra te erguer se agarre à isso.

Balancei a cabeça positivamente, lágrimas embaçando a minha visão. 

Só percebi que não era um sonho quando ele deu a mão pra namorada e entrou no carro.

Não me importei. Algumas coisas são melhores do jeito que estão.
 Eu tenho algo para me agarrar e isso está ótimo e vai ser assim pra sempre.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Até quando as coisas vão ficar assim?
                         .
                         .
                         .
Até você perceber que o seu jeito não é o único certo!
Uma infinidade de silencio se sobrepõe à música tocada.
E ele vai embora, fico sozinha, um copo de alguma vodka barata e dois cigarros na orelha.

Eu queria pedir desculpas, queria aceitar o jeito dele mas a criança em mim foi mais forte e eu acabei indo embora na manhã seguinte.

Tempestade em copo d’água

Tudo estava tão bem, o som, as pessoas, as bebidas, você, eu.
Mas não durou um segundo, não durou nada. Minhas fantasias sempre são assim, uma parte podre de mim.
O jeito como ela dança, como ela anda como ela fala e olha pra você me esmagam de tal forma que a irracionalidade se torna o único caminho a seguir, e num piscar de olhos, o som, as pessoas, as bebidas, você, eu não passávamos de um aglomerado de nadas espalhados pelo ambiente e a única coisa gritante na minha mente era : “ Kurumi-chan pare por favor”
Se ela soubesse a importância daquele ser pra mim, mesmo assim ela não pararia.
Eu acordei depois de uma noite e uma manhã dormida inteira e a única coisa que eu queria era um sorriso.
Virei pro lado pensando encontrar meu desejo, mas eu estava sozinha.
Não porque não tinha ninguém perto de mim e sim porque ele só se fazia me ignorar.
É o pior tipo de solidão que alguém pode sentir.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Stardust


Eu não sabia se estava sonhando ou não. É comum confundir quando a coisa que você mais faz é sonhar.
Decidi sair no último instante quando um telefonema anônimo me diz:" Spastis a lua está linda". Peguei meu casaco e sai andando, pensando que não conhecia aquela voz, mas ela havia dito a verdade.  E nem me dei conta do caminho que estava fazendo, apenas andava,olhava o céu,sentia o vento e pensava,pensava tanto, em tantas coisas...
Cheguei a uma praça com uma fonte, eu sempre passava por ali, mas nunca tinha me dado conta de como ela é linda, especialmente à noite, o cheiro de mato, água e estrelas, a lua refletida na fonte.
 Todas as luzes se apagam, mas eu não me assusto, estou embaixo de céu mais estrelado que eu me lembre de ter visto. E ele está lá, como se fosse a coisa mais normal do mundo. “Spastis,eu sabia que você chegaria aqui, a lua está realmente linda não é?” “Uau, super” foi a única coisa que eu consegui responder mas ele não se importou, o silencio estava dizendo tudo que era preciso.
E a gente deitou em uma toalha amarela e ficamos olhando todas as estrelas que estavam acima de nós imaginando se elas também estavam reparando em nós deitados àquela hora. Conversamos sobre zumbis e extraterrestres, sobre o caos em Londres e sobre anarquismo. E eu estava tão feliz e avoada olhando o céu e escutando o que ele tinha a dizer, cada pequeno detalhe me animava e eu o fotografava mentalmente pra tê-lo comigo sempre.
Eu acho que adormeci e ele me trouxe pra casa e ficou comigo até o outro dia. Quando eu acordei,ele ainda dormia com a toalha amarela, fiquei repassando o que aconteceu e imaginei ser uma despedia mas quando ele acordou e em vez de dizer  ‘Adeus’ falou “Linda” eu fiquei tão feliz e meu dia se iluminou como o céu da noite anterior.

sábado, 30 de julho de 2011

Nostalgia

Respira Spastis, isso não é o fim do mundo, é só outro tipo de fim! Um fim inevitável, um fim até retornável. É claro que não depende só de você, garota. Depende de você, de mim, do universo, dos caminhos que a vida toma. Eu te amo muito, mas nem por isso consigo suportar tanta dor. Encontre seu caminho que um dia nossos caminhos se encontram, ou não e tudo dará certo!




...



Atze, seu bobo, até terminando comigo você me deixa pra cima! 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cheiro de mato


Tinha me esquecido de como esse cheiro é inebriante e de como é bom ficar na grama olhando as estrelas, sozinha com uma garrafa de vinho!
E no meio dessa nostalgia cósmica, no pé da montanha, um vulto se aproxima assoviando uma melodia nada desconhecida e a felicidade aquece meus pés descalços.
Agora somos dois vultos, dançando na montanha e o mundo, ahhh o mundo parou. O que importa agora e como a gente ta feliz naquela montanha com aquele cheiro de mato e com todas as estrelas e a lua acenando para nós.
Para mim, eu sou um vulto solitário... Mas não!  Eu não estava sozinha, ele, ela...  Estava comigo. Pra onde foi? Por que meus pés estão congelando? Essa dor,essa ‘separação membral’,não pode ser assim. As coisas deveriam continuar as mesmas para sempre, evolução pra que? Darwin, eu te odeio.
Uma estrela cadente rasga o céu e ilumina minha angustia.
Eu,ela,ele...não existimos  separados. Serei sempre um intrínseco  de fases,gostos,atitudes que tomei e tomarei e meus pés nunca estarão quentes se eu tentar me separar disso

domingo, 10 de julho de 2011

Não sou seu brinquedo de férias!

Esse amor não está me fazendo bem. Ele, você, me enlouquece, me irrita, me constrange, me deprime, me sufoca. Mas não me transforma, mesmo com todos esses efeitos colaterais eu continuo sendo a mesma Spastis. Eu deveria mudar? Melhorar por você?
NUNCA!!!
 Isso eu trago de amores passados. Muitos amores... Muitos passados. Se você vai mudar é por você, pela ânsia de ser você numa versão 2.0 pra você, afinal, seu amor, seu amante pra sempre, aquele sempre de verdade, no fim das contas vai ser você mesma.

maracujás

Que chato isso!
Foi a primeira coisa que pensei quando acordei e ele não estava do meu lado.
Mas o chato não era ele ter sumido e sim eu me importar, muito, com esse detalhe.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Durma que o galo cantou

Eu tava indo dormir e ele tava lá, parado.
- Ei, vou dormir, quer ir comigo?
- Opa, claro. Mas eu só tenho essa roupa.
- Dorme sem roupa. Eu durmo sem roupa, me sinto livre!
E nós dois rimos um pouco até ele pegar minha mão e me levar para o quarto.
Juntamos os colchões no chão, tiramos a roupa e ficamos lá, deitados de barriga pra cima conversando sobre as estrelas que davam pra ver da janela e como será que estava o dia no Japão.
E a noite voou até o dia raiar e nós irmos dormir de verdade.

Corra, Spastis, corra!

Andando pelas ruas como se elas fossem te engolir, você se dá conta que não pertence mais a esse lugar.
 O desespero aumenta à medida em que o dia se esvai e você só consegue correr, as lágrimas escorrendo por de traz dos óculos, as corujas piando tão alto que parecem vir de dentro de você. 
E nessa fuga desmedia, quando não há mais nenhuma porta pra entrar você vê uma toca e se atira de cabeça. Não, você não alcança o país das maravilhas e não come um cogumelo, apenas um comprimido que te faz flutuar, tocar o universo, explosão de cores e quando você acorda as ruas ainda te perseguem, mas tudo bem os comprimidos estarão sempre no armário quando você precisar ir para o seu mundo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Messenger

- Ela na sala.

- Ele no quarto.

- Ela esperando. 

- Ele comendo.

- Ela transpirando.

- Ele sorrindo.

- Ela amando ele...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

adeus

Não era frio nem quente. 
Era apenas indiferente a temperatura da pele dele na minha, como se não houvesse atrito, como seu nós não estivéssemos juntos. 
Então eu levantei e fui fumar um cigarro no jardim e falar adeus para o amor que estava indo embora.